Buenos Aires – A partir de agosto, clubes esportivos e a Associação Argentina de Futebol (AFA) passarão a recolher uma alíquota previdenciária de 13,06%, segundo decreto assinado pelo presidente Javier Milei e publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira (28).
O percentual substitui a taxa atual de 7,5% e inclui ainda um acréscimo extra de 5,56% ao longo de 12 meses, medida que o Executivo diz ser necessária para “recuperar o déficit incorrido nesse período”.
Justificativa econômica
No X (antigo Twitter), o ministro da Desregulamentação, Federico Sturzenegger, afirmou que, em 2024, a venda de jogadores argentinos gerou receitas de US$ 324 milhões, mas o setor continuou recebendo subsídios de aposentados ao pagar menos contribuições.
Sturzenegger indicou que, entre novembro de 2023 e abril de 2024, o sistema registrou déficit de 7 bilhões de pesos. O ministro culpou empresários, sindicatos e “aliados políticos” por um modelo que, segundo ele, “distribui custos invisíveis e concentra benefícios”.
Alcance da medida
A nova alíquota incidirá sobre diferentes atividades ligadas ao futebol, incluindo transferências de atletas, direitos de transmissão televisiva e outras operações comerciais realizadas pelos clubes.

Imagem: Sergio Pérez via gazetadopovo.com.br
O ministro também declarou que algumas agremiações passaram a oferecer serviços sem relação direta com o futebol, mas mantinham a isenção previdenciária por serem clubes esportivos, prática que será revista com o decreto.
A Casa Rosada não informou quando ocorrerá a próxima avaliação da contribuição, mas destacou que o ajuste busca “equilibrar as contas públicas” diante dos atuais déficits.
Com informações de Gazeta do Povo