O golpe de phishing, um dos mais antigos e eficazes da internet, continua fazendo vítimas diariamente, alerta o delegado Emmanoel David, titular da Delegacia de Estelionatos de Curitiba. A fraude, que engana usuários para roubar senhas, dados bancários, CPF e perfis em redes sociais, foi tema de orientação nesta terça-feira (29/07/2025).
Como o golpe funciona
No phishing, criminosos se passam por empresas conhecidas — como bancos, órgãos públicos ou lojas — e enviam mensagens por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais. O conteúdo parece legítimo e normalmente contém um link que direciona a vítima a um site clonado, criado para capturar informações pessoais.
Sinais de alerta
Segundo o delegado, alguns indícios ajudam a identificar a fraude:
- Mensagens com erros de português;
- Tom alarmista ou ameaças de bloqueio de contas;
- Solicitações de confirmação de senha ou dados sensíveis;
- Links encurtados ou suspeitos.
“Um banco sério não envia e-mails com erros ou exigindo que o cliente clique em links para evitar bloqueio”, ressalta Emmanoel.
O que fazer se for vítima
Quem cair no golpe deve agir rapidamente:
- Alterar todas as senhas imediatamente;
- Contactar o banco para bloquear cartões e contas;
- Registrar boletim de ocorrência;
- Monitorar o CPF em serviços como o Serasa Experian;
- Avisar amigos e familiares caso perfis em redes sociais tenham sido invadidos.
Prevenção é a melhor proteção
Para reduzir o risco, o delegado recomenda:

Imagem: FlyD Unsplash via gazetadopovo.com.br
- Desconfiar de mensagens urgentes;
- Digitar o endereço do site diretamente no navegador;
- Ativar autenticação em dois fatores;
- Manter antivírus atualizado;
- Evitar reutilizar senhas.
Emmanoel destaca ainda o papel das empresas: “Instituições financeiras precisam investir em tecnologia antifraude e educação digital. SMS não deve ser canal para solicitar dados”.
Outras modalidades: smishing e vishing
Golpes semelhantes ganharam força. O smishing ocorre via SMS e o vishing, por ligações telefônicas nas quais golpistas fingem ser do banco e pedem confirmação de informações. “O crime se adapta ao comportamento das pessoas”, observa o delegado.
A Gazeta do Povo, lembra Emmanoel, lançou recentemente um curso sobre segurança digital — iniciativa que, segundo ele, reforça a importância da conscientização constante.
Com informações de Gazeta do Povo