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AEB pede desculpas por ilustração de Santos Dumont pilotando 14-Bis invertido

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A Agência Espacial Brasileira (AEB) reconheceu, na manhã de segunda-feira (28), o erro em uma ilustração publicada em 20 de julho para marcar os 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont (1873-1932). A imagem, gerada por inteligência artificial, mostrava o aviador sentado na parte traseira do 14-Bis, com o trem de pouso centralizado e hélices posicionadas de forma equivocada.

Em nota de errata, o órgão informou que “a proposta era prestar uma homenagem visual ao inventor, mas o resultado apresentou inconsistências históricas na representação do 14-Bis, notadamente em sua estrutura e proporções”. A AEB pediu desculpas “pelo inconveniente” e agradeceu aos usuários que apontaram o equívoco.

Responsável pela política espacial

Criada em 1994, a AEB é uma autarquia civil vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), chefiado pela ministra Luciana Santos. A agência coordena o Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (Sindae), que reúne órgãos como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O feito do 14-Bis

Em 23 de outubro de 1906, Santos Dumont percorreu 60 metros em sete segundos a dois metros de altura no campo de Bagatelle, em Paris, realizando o primeiro voo de um avião mais pesado que o ar a decolar por seus próprios meios. A façanha foi testemunhada por cerca de mil pessoas e pela Comissão Oficial do Aeroclube da França.

AEB pede desculpas por ilustração de Santos Dumont pilotando 14-Bis invertido - Imagem do artigo original

Imagem: Reprodução via gazetadopovo.com.br

Outras polêmicas com imagens oficiais

Não é o primeiro problema de representação visual envolvendo órgãos federais em 2025. Em maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um mapa-múndi invertido, com o Sul no topo e o Brasil centralizado, alegando destacar a posição do país em fóruns internacionais. No início de julho, uma peça publicada no Instagram do governo federal mostrava regiões ucranianas ocupadas pela Rússia como parte do território russo, o que gerou críticas.

Com informações de Gazeta do Povo