Home / Política / STF determina que militares réus troquem farda por roupa civil em interrogatório sobre suposto golpe

STF determina que militares réus troquem farda por roupa civil em interrogatório sobre suposto golpe

rss featured 14403 1753716996

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, que os militares acusados de participar de uma tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva devem comparecer aos interrogatórios usando roupas civis, e não farda.

A orientação foi transmitida pelo juiz auxiliar Rafael Henrique Tamai Rocha, responsável por conduzir as oitivas do chamado núcleo 3 da investigação, composto por nove militares e um agente da Polícia Federal. Segundo o magistrado, a acusação é individual e não se estende à instituição Exército Brasileiro. “A acusação é contra militares e não contra o Exército como um todo”, afirmou.

Pelo menos dois réus — os tenentes-coronéis Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima — precisaram deixar a audiência virtual para trocar de vestimenta. A defesa contestou a determinação, alegando que a medida não consta nos autos, foi comunicada sem prazo razoável e fere a dignidade dos acusados. Os advogados lembraram que, em outras sessões, os militares participaram fardados por serem oficiais da ativa e estarem presos em unidades militares.

Além dos dois tenentes-coronéis, respondem no mesmo núcleo o general da reserva Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira; os coronéis Bernardo Romão Correa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes de Resende Jr.; os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Jr. e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros; além do agente da PF Wladimir Matos Soares.

STF determina que militares réus troquem farda por roupa civil em interrogatório sobre suposto golpe - Imagem do artigo original

Imagem: Cristiano Maia via gazetadopovo.com.br

Os interrogatórios ocorrem de forma virtual e integram o processo que investiga suposto plano de ruptura institucional para barrar a posse de Lula, eleito em 2022. A defesa dos réus segue contestando a proibição do uso de farda.

Com informações de Gazeta do Povo