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Giorgia Meloni estampa capa da Time, que aponta potencial para “mudar o mundo”

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A revista norte-americana Time trouxe a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, na capa da edição desta semana e afirmou que o estilo de liderança da política de 47 anos “pode mudar o mundo”. A informação foi divulgada pela própria publicação nas redes sociais em 24 de julho de 2025.

Eleita em 2022 à frente da coalizão liderada pelo partido Irmãos da Itália, Meloni enfrentou desconfianças iniciais por causa das origens do grupo, associado a correntes que admiravam o ditador fascista Benito Mussolini. Segundo a Time, porém, a chefe de governo surpreendeu os críticos ao adotar postura considerada pragmática no cenário internacional.

Dentro do país, ela priorizou promessas de campanha como a proposta de bloqueio naval para frear a imigração ilegal. No exterior, manteve aproximação com a União Europeia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Ucrânia, além de atuar para isolar a China e aliviar tensões entre Estados Unidos e Europa no início do segundo mandato do presidente Donald Trump.

A revista salientou que Meloni ganhou a simpatia de líderes de diferentes correntes ideológicas, do ex-presidente norte-americano Joe Biden à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, passando pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. O texto descreve a italiana como “uma das figuras mais interessantes da Europa”, por rejeitar o que denomina “globalismo homogeneizador” ao mesmo tempo em que defende a integração europeia.

Primeira mulher a chefiar o governo italiano, Meloni relatou à Time ter enfrentado estereótipos, mas disse rejeitar políticas de cotas. Para a revista, ela constrói “um novo tipo de nacionalismo”: populista, nativista e pró-Ocidente, porém alinhado a alianças europeias e atlânticas.

Giorgia Meloni estampa capa da Time, que aponta potencial para “mudar o mundo” - Imagem do artigo original

Imagem: FABIO FRUSTACI via gazetadopovo.com.br

Maurizio Molinari, ex-editor-chefe do jornal La Repubblica, atribuiu a estabilidade do governo à união inédita de todas as correntes da direita no Parlamento italiano. “Elas não brigam. Essa é a sua força política em termos europeus. Ela está no meio termo”, declarou.

Com informações de Gazeta do Povo