O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a criticar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por, segundo ele, adotar postura de “defesa intransigente” ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada em entrevista publicada nesta sexta-feira (25), dois dias após Flávio protocolar um pedido de impeachment contra o magistrado.
Pedido de impeachment
Flávio Bolsonaro formalizou o pedido na quarta-feira (23). No documento, ele acusa Moraes de crimes de responsabilidade, citando suposta atuação parcial e restrições a manifestações políticas de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O senador alega que medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro na semana anterior motivaram a iniciativa.
“O presidente Alcolumbre tem de cumprir o seu papel institucional e ler o meu pedido de impeachment”, afirmou o parlamentar, defendendo que o Senado analise o processo. Ele acrescentou que outros senadores apoiam o requerimento: “Não é uma iniciativa isolada”.
Cobrança a Alcolumbre
Indagado sobre o apoio do presidente da Casa a Moraes, Flávio questionou quando Alcolumbre deixaria de endossar o ministro “independentemente do motivo”. Para o senador, cabe ao comando do Senado conduzir debates considerados sensíveis.
Críticas ao STF
Na entrevista, Flávio Bolsonaro declarou que Alexandre de Moraes “desrespeita a ordem constitucional” e compromete a imparcialidade do Judiciário. Embora reconheça que os atos do ministro tenham respaldo legal, o senador sustenta que eles ferem princípios como o devido processo legal.

Imagem: Jefferson Rudy via gazetadopovo.com.br
Ele também comparou o tratamento dado às falas de Eduardo Bolsonaro a episódios envolvendo outras figuras públicas. “Por que declarações de Eduardo são vistas como ameaça ao Estado, enquanto a ida de Dilma Rousseff à ONU para falar em golpe ou viagens de Cristiano Zanin para defender Lula não geraram investigação?”, indagou.
Flávio concluiu que o tema deverá ser pautado “em algum momento” pelo Senado.
Com informações de Gazeta do Povo