O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou nesta quinta-feira, 24 de julho de 2025, a decisão do governo brasileiro de participar, como parte interessada, do processo aberto pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, que investiga denúncias de genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza.
Em mensagem publicada na rede X, a chancelaria israelense afirmou que a iniciativa do Brasil, somada à saída do país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), demonstra uma “profunda falha moral”. O texto acrescenta que, “num momento em que Israel luta por sua própria existência, voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso”.
Na véspera, o Itamaraty informou estar em fase final de preparação do documento que formalizará a participação brasileira no caso. Segundo o comunicado, o governo age com base no dever dos Estados de cumprir o Direito Internacional e o Direito Internacional Humanitário, diante da “plausibilidade de que os direitos dos palestinos à proteção contra atos de genocídio estejam sendo irreversivelmente prejudicados”, como apontou a CIJ ao conceder medidas cautelares em 2024.
A ação contra Israel foi protocolada pela África do Sul em dezembro de 2023. Além do Brasil, Colômbia, Turquia, Venezuela, Espanha, Irlanda, México e outros países solicitaram integrar o processo como terceiros interessados.
Imagem: BART MAAT via gazetadopovo.com.br
O Palácio do Itamaraty não comentou as críticas de Israel até o momento da publicação.
Com informações de Gazeta do Povo
