Introdução
Nos últimos dias, o Pr. Silas Malafaia tem estado no centro de uma polêmica envolvendo duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao empresário Pablo Marçal.
Sua postura mais agressiva, caracterizada por um discurso ácido e direto, resultou em reações negativas até mesmo entre seus próprios seguidores, muitos dos quais decidiram deixar de acompanhá-lo nas redes sociais.
O ponto de atrito principal com Bolsonaro e outros líderes da direita brasileira tem sido a disputa pela prefeitura de São Paulo, na qual Malafaia se posicionou fortemente contra Pablo Marçal.
O pastor criticou duramente a falta de alinhamento de Bolsonaro e outros líderes com suas orientações para “cancelar” Marçal, expondo publicamente suas frustrações.
Conhecido por não medir palavras ao criticar seus opositores, Malafaia, que como pastor deveria adotar uma postura mais conciliadora e de paz, mais uma vez, optou por adotar um discurso agressivo e polarizador.
Ele não apenas atacou Marçal diretamente, mas também lançou críticas àqueles que, de alguma forma, o apoiaram.
Após essa fala inflamada, Malafaia continuou sua sequência de entrevistas, desta vez para a Globo News, reconhecida por seu viés mais à esquerda no espectro político. Mesmo tentando justificar a maneira como se expressa, o pastor não demonstrou arrependimento em relação ao conteúdo de suas críticas.
Nesta entrevista, ele aborda novamente a situação da direita no Brasil, rejeitando a ideia de uma divisão interna e reafirmando seu papel de defensor da ordem e dos valores conservadores.
Pablo Marçal: Uma Figura Sem História
Logo no início da entrevista, Malafaia não hesitou em desqualificar Pablo Marçal como uma figura legítima da direita. Ele afirma:
“Pablo Marçal não é direita. Pablo Marçal é uma farsa que chegou de repente.”
Para ele, um verdadeiro representante de qualquer lado político precisa ter uma trajetória, e isso é algo que falta a Marçal. Malafaia aponta que figuras com histórico na esquerda, como Eduardo Campos e Ciro Gomes, têm legitimidade, algo que Marçal não possui. Ele descreve o surgimento de Marçal como um oportunismo:
“Ele aparece em 2022, alguns. Aparece em 2024. Não tem história nenhuma na direita.”
O pastor questiona ainda a postura de Marçal ao falar em nome dos seus participantes, destacando que não se pode “ser dono dos votos”. Para Malafaia, Marçal não tem legitimidade nem influência significativa no cenário político.
A Direita Unida no Segundo Turno
Em relação à direita como um todo, Malafaia é enfático ao afirmar que, apesar das divisões e da aparição de figuras como Marçal, a direita como força política é forte e unida. Ele acredita que, no segundo turno, todos os que se opõem à esquerda permanecerão juntos, destacando que a direita saiu fortalecida no processo eleitoral:
“A direita vai estar toda unida agora no segundo turno contra a esquerda, não tenha dúvida nenhuma.”
Segundo ele, a vitória da direita é evidente, seja com candidatos mais próximos de Bolsonaro ou com outros que tenham menos vínculo com o ex-presidente.
Críticas a Bolsonaro: “Covardia e Dubiedade”
A entrevista também trouxe à tona as críticas que Malafaia fez ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele explica que, em conversa com Bolsonaro e seus filhos, não hesitou em ser direto sobre o que considerava um erro estratégico de Bolsonaro durante as eleições:
“Bolsonaro, você é um líder. Você não pode dar sinais de dúvida. O povo está em dúvida. Você está fazendo um papel de covarde omisso neste ponto.”
Embora tenha utilizado termos fortes como “covarde”, Malafaia ressalta que sempre deixou claro que continua a apoiar Bolsonaro e que um erro não apagou a história de liderança do ex-presidente. Ele diz que falou essas palavras pessoalmente a Bolsonaro antes de qualquer entrevista pública, reforçando sua lealdade:
“Eu seria covarde se eu fiz essa declaração para a Mônica Bergamo sem antes fazer para ele e para os filhos.”
A Liderança de Bolsonaro: Um Fenômeno
Apesar das críticas, Malafaia não poupou elogios a Bolsonaro, reafirmando sua posição como o maior líder da direita brasileira. Ele acredita que Bolsonaro, assim como Lula na esquerda, é um líder da OTAN, capaz de guiar um movimento mesmo quando está isolado. Para ele, a liderança não é sobre quantidade de seguidores, mas sobre propósito:
“Um líder só é realmente líder quando ele anda sozinho.”
Malafaia argumenta que, em muitos momentos, é preciso dar um “choque de ordem” na direita e que isso foi o que motivou suas críticas. Ele defende que não se pode aceitar figuras oportunistas e manipuladoras dentro do movimento, como Pablo Marçal, que utiliza técnicas para manipular a opinião pública de maneira desonesta.
A Direita Está Rachada?
Quando questionado se a direita estaria dividida após as eleições e as recentes críticas feitas a Jair Bolsonaro, Silas Malafaia foi firme ao negar essa possibilidade. Ele rejeita a ideia de uma “direita rachada” e, em vez disso, vê divergências de opiniões como algo positivo para o amadurecimento do movimento:
“Não tem direita rachada. Anote o que eu estou te falando. Onde não existem controvérsias de opinião, eu fico com medo. O que está acontecendo? Todo mundo é igual gado que não pensa.”
Para Malafaia, a direita está unida contra a esquerda, independentemente de eventuais discórdias internas. Ele acredita que, no momento de decisão, todos permanecerão alinhados em prol da preservação dos valores conservadores, como família, costumes e pátria.
A visão que ele apresenta é clara: qualquer um que se oponha a esses valores ficará do lado da esquerda, enquanto a direita se manterá unida na defesa deles.
“Se você é contra os costumes, se você é contra a família, se você é contra a pátria, vote em bolos e na esquerda. Se você é a favor dos costumes, da família e da pátria, vote na direita.”
A Maturidade da Liderança
Malafaia também destaca a importância das críticas dentro de qualquer movimento político, afirmando que até líderes fortes, como Lula na esquerda e Bolsonaro na direita, precisam de questionamentos para crescerem e se tornarem melhores líderes. Ele cita um provérbio bíblico para fortalecer sua visão sobre a necessidade de conselhos:
“Onde não há conselhos, os projetos estão em vão. Porque na multidão de conselheiros, eles se confirmarão.”
Para ele, é fundamental que a liderança da direita esteja aberta às críticas, para que possa amadurecer e agir de forma mais eficaz no futuro.
A Manipulação na Política
O pastor também faz uma analogia entre os eventos bíblicos e o cenário político atual. Ele compara a aclamação e crucificação de Jesus ao comportamento das massas manipuladas pelas elites religiosas.
Segundo Malafaia, muitos dos que criticam Bolsonaro ou defendem figuras como Pablo Marçal estão sendo manipulados de maneira semelhante, sem refletirem criticamente sobre o que está acontecendo.
“O mesmo povo que disse Hosanas, depois disse crucificá-lo, porque houve uma manipulação. Jesus não mudou. […] A manipulação da elite religiosa levou o povo a pedir a crucificação de Cristo.”
Essa crítica reflete seu ponto de vista sobre a necessidade de uma direita não se deixar levar por oportunistas ou falsos líderes que tentam desestabilizar o movimento.
O Futuro da Liderança: Tarcísio ou Bolsonaro?
Um dos momentos mais relevantes da entrevista foi a discussão sobre o futuro da direita em 2026. Malafaia foi questionado sobre seu apoio a Tarcísio de Freitas e se o atual governador de São Paulo poderia ser o nome para disputar a presidência da República.
Sua resposta foi enfática ao rejeitar a ideia de uma inelegibilidade permanente de Bolsonaro, traçando um paralelo com o caso de Lula:
“Eu não posso acreditar na possibilidade do Supremo Tribunal Federal manter a inelegibilidade de Bolsonaro e digo o porquê. Lula foi condenado em todas as instâncias por unanimidade por crime.”
Malafaia defende que a inelegibilidade de Bolsonaro é insustentável, argumentando que o ex-presidente foi acusado por razões menos graves do que as condenações de Lula. Ele acusa o STF de agir como um partido político se mantiver a inelegibilidade de Bolsonaro, mas confia que o senso de justiça prevalecerá:
“Se o STF mantiver a inelegibilidade de Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal virou partido político.”
Para ele, uma vez que Bolsonaro seja liberado, ele, Tarcísio de Freitas e outras lideranças da direita serão unidos em seu apoio. Malafaia acredita que Bolsonaro, se elegível, continuará sendo o maior líder da direita, e que figuras como Tarcísio o apoiarão em vez de se lançarem como candidatos.
Para refletir
Neste artigo, vimos a visão crítica de Silas Malafaia sobre a direita brasileira, seus líderes e as disputas internacionais que podem influenciar o futuro político do país.
Ele rejeita a ideia de uma direita rachada e reafirma seu compromisso com Jair Bolsonaro, vendo a unidade como essencial para enfrentar a esquerda.
Para Malafaia, o debate interno é necessário, mas a união da direita é viável, especialmente nas eleições futuras.
E você? Como crente que está ligado na política o que acha dessa postura de um pastor? Você concorda? Acha que ele está no caminho certo? Deixe aqui seus comentários.
Com isso, o pastor Silas Malafaia reforça sua confiança na força e na união da direita no Brasil, defendendo que, apesar das críticas, Jair Bolsonaro permanece como a figura central desse grupo político. A expectativa é que, em breve, Bolsonaro seja novamente liberado para disputar eleições, reunindo seus aliados em uma frente única para as próximas batalhas políticas